segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mercado imobiliário deve manter-se como opção de investimento

Nos últimos meses, uma questão tem vindo à tona constantemente: o mercado imobiliário subiu muito e estamos vivendo em uma bolha? Isso requer uma análise mais ampla da economia brasileira atual e dos últimos anos. Entre 2004 e o primeiro semestre de 2010 (66 meses ou 1.980 dias), ocorreu uma valorização média de 147,66% nos imóveis, alcançando uma taxa efetiva de 1,38% ao mês. Os dados estão longe de representar (à exceção dos terrenos) uma valorização excessiva do mercado.
Esse quadro revela tanto pontos negativos quanto positivos para o futuro do mercado imobiliário. Entre os pontos positivos, estão o aumento do valor nominal dos imóveis e a expressiva demanda nos segmentos de baixa e média rendas, entre outros. Já as ameaças são a retomada da alta de juros, precipitada pela crise de 2008, que recolocou o Brasil em primeiro lugar com a maior taxa de juros reais do planeta; e o aumento expressivo dos gastos do governo nos últimos quatro anos.

Essa deterioração das contas do Estado pode comprometer a possível trajetória de queda dos juros no médio prazo. Especificamente em relação ao mercado imobiliário, há que se considerar a escassez e baixa qualificação da mão de obra e a perspectiva de esgotamento dos recursos para o SFH (Sistema Financeiro da Habitação).
A despeito das ameaças presentes, o que parece ruim, na verdade, pode soar muito bem. A constatação de que o mercado, na média, subiu menos do que aparenta (à exceção dos terrenos) traz fundamentos de sustentabilidade muito interessantes, mantendo o mercado imobiliário como a grande opção de investimento para os próximos anos.

Ariano Cavalcanti de Paula
, presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG).

Um comentário:

  1. Observado a estupenda valorização dos imóveis nos últimos anos, há de se considerar que estamos vivendo em um importante momento imobiliário. A crescente demanda habitacional das classes mais baixas, preocupa pela previsão de escassez de mão de obra qualificada em um futuro que já está na nossa porta. O único impasse disso tudo, é que as taxas de juros podem novamente voltarem a crescer em um país que já é o campeão da maior taxa mundial. Análises sobre o mercado imobiliário, apontam que ainda há muito o que se crescer pois ainda estamos em uma bolha que se explodirá em breve tornando uma ótima opção para investimento.

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