quarta-feira, 30 de março de 2011

Projeto financia geração de renda e ecoturismo no Cerrado

Uma das regiões mais belas e ricas em biodiversidade do Cerrado, entre o Norte de Minas Gerais e o Sudeste da Bahia, o Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu vai receber investimentos de R$ 2,6 milhões para a geração de renda com sustentabilidade.

Ao todo, serão beneficiadas 23 comunidades tradicionais com projetos de extrativismo vegetal e turismo ecocultural em 11 municípios no médio São Francisco. Os recursos são do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal para o incentivo à atividade econômica sustentável e à redução do desmatamento no bioma.

O prazo para a chamada de dois projetos de execução do Plano de Desenvolvimento Territorial de Base Conservacionista terminou na sexta-feira, 18 de fevereiro. A meta do Ministério do Meio Ambiente (MMA) é agregar valor e ampliar o mercado de nove culturas vegetais extrativistas locais e financiar a construção de pousadas comunitárias para o desenvolvimento do turismo sustentável e cultural na região.

A inovação no processo é que as instituições selecionadas vão executar um plano que já está pronto e traz um diagnóstico completo da situação socioambiental na região. Ele foi elaborado pela Fundação Pró-Natureza (Funatura), uma das ONGs representantes da região Centro-Oeste no Conselho Nacional do Meio Ambiente e com atuação no Parque Nacional Grande Sertão Veredas desde a criação dessa unidade de conservação.

O primeiro, orçado em R$ 1,1 milhão, é destinado ao extrativismo e, para participar da chamada, a instituição precisou demonstrar que tem laços, atuação e integrantes das comunidades a serem beneficiadas. Os recursos serão aplicados nas culturas de frutas tradicionais como a caigaita, o umbu, o araticum, o buriti e no beneficiamento da cultura da favela, que produz um fruto utilizado para a fabricação de medicamentos.

Valorização das comunidades tradicionais
"Antes da organização das comunidades em cooperativas, o quilo da fava d´anta, espécie de legume extraído da favela, valia pouco mais de R$ 0,30 centavos, agora chega a R$ 1,20", explicou o técnico especialista do MMA, Fernando Lima. Para ele, projetos como esse são de fundamental importância na preservação ambiental do Cerrado. Desde meados do século 1920, com a expansão da fronteira agrícola para produção da monocultora de soja, o bioma já contabiliza uma perda de 47% de sua cobertura vegetal nativa.

No setor de turismo ecocultural, R$ 1,5 milhão serão destinados ao incentivo a atividades turísticas, aproveitando a riqueza cultural do Norte mineiro, seus cantadores e suas danças. O mosaico, uma região de 15 mil Km2, ficou conhecida por ser palco da saga do romance Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa. Os caminhos percorridos pelos personagens do livro cortam o Parque Nacional com o mesmo nome, criado em 2005 para contribuir com a preservação do Cerrado.

Na região de Pandeiros é onde está situado o "pantanal mineiro", um berçário natural que abastece a Bacia do São Francisco em quantidade e número de espécies de peixes. O Parque Nacional e seu entorno só agora começam a receber infraestrutura para o turismo.

Turismo já responde por 7,2 milhões de empregos no país

O setor de turismo já é responsável pela geração de 7,2 milhões de empregos no Brasil. Desse total, 870 mil estarão na linha de frente na Copa do Mundo de Futebol em 2014, lidando diretamente com os turistas. No mês do Campeonato Mundial, o número de visitantes deverá alcançar a marca de 3,6 milhões, sendo 600 mil estrangeiros. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (29), pelo ministro do Turismo, Pedro Novais.
Novais disse que, atualmente, o setor de turismo já responde por 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e afirmou que a meta é chegar ao final da década com 8% de participação. O ministro esteve no lançamento de um programa do Serviço Social do Comércio (Senac) que vai oferecer 1 milhão de oportunidades para capacitação profissional dos trabalhadores que pretendem atuar no Mundial de 2014.
Serão oferecidos cursos profissionalizantes nas áreas de turismo, gastronomia, idiomas, hotelaria, segurança, saúde e informática.

Turistas adotam o Parque da Serra do Brigadeiro (MG) como destino

Belezas naturais e boa infraestrutura atraem cada vez mais visitantes


O numero de visitantes no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro em janeiro de 2011 foi de 1.692, o dobro em relação ao mesmo período do ano passado, quando 880 turistas puderam conhecer os diversos atrativos naturais da área preservada.


Em setembro de 2010, a Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop) concluiu a pavimentação com bloquetes, em trechos mais íngremes, em 21,7 quilômetros dos 42 quilômetros da estrada que corta o parque no sentido leste-oeste e liga os municípios de Araponga e Fervedouro, na Zona da Mata mineira. O investimento foi de cerca de R$ 5 milhões.
“Certamente que esta obra de melhoria no acesso ao parque contribuiu com o aumento do número de visitantes e satisfação dos usuários que buscam contemplar a natureza e tomar banho de cachoeira”, declara o gerente da unidade de conservação, José Roberto Mendes de Oliveira. “Somente na estrada, no primeiro mês de 2011, registramos a movimentação de quase quatro mil pessoas, para chegarem às cachoeiras próximas ao parque”, completa o gerente.
Aberto ao público desde 2005, o parque trabalha prioritariamente com visitas agendadas e guiadas, com um publico estudantil e acadêmico , educadores que buscam ampliar os conhecimentos dos alunos com aulas de campo, palestras e seminários no parque.
Desde 2006, a visitação no parque tem aumentado de forma constante. Em relação ao ano de 2010, houve um aumento de 64% no número de turistas que estiveram no parque, no acumulado do ano. Em 2006 foram 4.234 visitantes e no ano passado 6.940 pessoas passaram o dia no parque. A visitação, nos últimos cinco anos, ficou concentrada no período seco, com destaque para o mês de julho, época de férias escolares.
O parque conta com centro de visitantes, com sala de exposição, biblioteca e auditório para 50 pessoas, alojamento para pesquisadores e laboratório e portarias nas porções Oeste e Leste.
Mais investimentos
De acordo com o Plano de Manejo, outras intervenções estão programadas, desta vez no interior do parque, e que vão ampliar a capacidade de recepção da unidade. Entre elas, encontra-se a restauração da sede da Fazenda do Brigadeiro, construção de portaria, casa de funcionário, implantação de trilhas, sinalização, com investimentos previstos de R$ 2 milhões.
“Essas obras estão previstas para a porção Norte e Central do parque. “Esperamos que esta iniciativa do Instituto Estadual de Florestas (IEF), somada à participação das comunidades e sociedade organizadas por meio do Conselho Consultivo, contribuam para proteger o patrimônio natural e histórico parque. As obras no norte do parque vão garantir não apenas a proteção do casarão, patrimônio histórico do município de Araponga mas também a proteção da maior população de muriquis, que hoje se concentra nesta área”, explica Oliveira.
Entusiasmado com a presença crescente de turistas na unidade de conservação, que está sendo descoberto por grupos organizados de caminhantes, cavalgadas ecológicas, passeio de bike e outros eventos, o gerente José Roberto informa que o projeto de turismo de base comunitária implantado no entorno da UC, está contribuindo para a renda das famílias moradoras do entorno.
Já existe uma associação de condutores na região e a proposta é capacitar os condutores e estabelecer uma parceria com as seis pousadas do entorno do parque para fomentar o turismo. Outra parceria proposta pelo parque envolve as prefeituras dos oito municípios onde se localiza a unidade de conservação. Atualmente, a prefeitura de Miradouro cede um funcionário que trabalha como guarda-parque. Oliveira quer a parceria ampliada para os municípios de Araponga, Fervedouro, Ervália, Sericita, Pedra Bonita, Muriaé e Divino.
Inserido em dois Circuitos Turísticos, o Serras de Minas e Serra do Brigadeiro, o parque é um atrativo turístico valioso, com seus picos, trilhas e cachoeiras. A Serra possui inúmeras nascentes, que contribuem de maneira significativa para a formação das bacias hidrográficas dos rios Doce e Paraíba do Sul. Com área de 14.984 hectares onde predominam a Mata Atlântica, o parque se estende por montanhas, vales, chapadas e encostas da porção Norte da Serra da Mantiqueira.

Ecoturismo e Turismo de Aventura iniciam mobilização para a Copa do Mundo por BH

O seminário foi a primeira ação presencial do Projeto Bem Receber Copa Ecoturismo e Aventura

Aconteceu em Belo Horizonte (MG) o 1º Seminário Bem Receber Copa Ecoturismo e Aventura. O evento, iniciativa do Ministério do Turismo e da ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), foi realizado no auditório do SENAC-MG e contou com a participação de profissionais da linha de frente do Ecoturismo e do Turismo de Aventura mineiro, empresários do segmento, autoridades e membros da imprensa.
O seminário foi a primeira ação presencial do Projeto Bem Receber Copa Ecoturismo e Aventura e uma oportunidade para empresários, condutores de atividades e gestores de Unidades de Conservação conhecerem este projeto de qualificação que visa preparar o segmento para a Copa do Mundo de 2014.
O presidente da ABETA, Jean-Claude Razel, comparou o projeto a uma equipe de futebol, em que as vitórias e conquistas só são alcançadas com a participação e o empenho de várias pessoas. Ele também destacou a importância do mundial e do Bem Receber Copa Ecoturismo e Aventura para o Brasil. “A Copa vai e o resto fica. Estou empolgado com o evento, mas estou mais empolgado por esses três anos que o precedem e pelo que virá depois, pelo legado”, afirmou.
Gustavo Timo, coordenador geral da ABETA, falou sobre os objetivos do seminário e do projeto. “A nossa intenção aqui é a de apresentar as oportunidades de qualificação e de negócios. De incentivar a participação dos profissionais da linha de frente do Ecoturismo e do Turismo de Aventura, de estimular e fortalecer parcerias e a rede de contatos do segmento, além da disseminação do conhecimento”, disse.
A superintendente de Fomento e Desenvolvimento do Turismo da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais, Jussara Rocha ressaltou o caráter mobilizador que o Mundial em 2014 tem. “Esta é uma oportunidade de profissionalização, inovação e aprimoramento empresarial. A Copa do Mundo é um catalisador, uma oportunidade, mas nosso trabalho não se encerra na Copa do Mundo”, frisou.
Representando o SENAC-MG, Hegler Guimarães destacou o caráter ambiental que o Mundial no Brasil possui. “2014 é chamada pelos outros países de a Copa Verde. Há uma expectativa muito grande de se encontrar no Brasil o verde que se fala que o país tem. Este é um desafio” – enfatizou o assessor de projetos do SENAC-MG.
Os Seminários Bem Receber Copa Ecoturismo e Aventura serão realizados em mais 11 cidades do Brasil e os próximos destinos são Fortaleza-CE e Recife-PE (15/03), Salvador-BA e Natal-RN (17/03). Em Belo Horizonte, quase 90 profissionais envolvidos com o segmento Ecoturismo e Turismo de Aventura tiveram a oportunidade de saber mais sobre esse projeto de qualificação e capacitação não apenas para a Copa do Mundo 2014, mas para todo o segmento.
Fonte: ABETA

Turismo equestre garante interação entre natureza e animais

Atividade pode ser praticada por pessoas de todas as idades

O turismo equestre é uma atividade de aventura que vem crescendo muito no Brasil, pois proporciona uma interação direta com a natureza, além da exploração de destinos com belezas naturais ou de importância histórica e cultural.


Mesmo que a pessoa nunca tenha montado, com uma simples explicação é possível dominar as técnicas e controlar o animal. Ainda, muitos operadores pelo Brasil tem se especializado em oferecer produtos diferenciados, como os passeios noturnos com a luz da lua. Estes são feitos de acordo com o perfil e experiência de cada pessoa e podem durar de 30 minutos até um dia todo.
“Cavalgar é estabelecer um elo entre o homem e a natureza. É uma prática que agrega valores e princípios. O cavalo nos proporciona tudo isso”, comenta Rogério Figueiredo, advogado de Juiz de Fora (MG).
Um dos grandes diferenciais desta atividade é que ela pode ser praticada por pessoas com mobilidade reduzida. Os cavalos são muito usados em clínicas de equoterapia, desenvolvendo tratamento para o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência ou com necessidades especiais.
No Brasil, existem vários locais onde o turismo equestre pode ser praticado. A cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, é uma das pioneiras e oferece roteiros belíssimos por toda a região. Os estados do Mato Grosso, de Minas Gerais, de São Paulo também possuem locais incríveis para as cavalgadas.
Para garantir a segurança, é importante se certificar de que as empresas são associadas à ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo e de Aventura), que trabalha para fortalecer o segmento e reforçar o potencial do Brasil para oferta segura e responsável de atividades de Ecoturismo e Turismo de Aventura.

Cavernas na grande BH reúnem joias pré-históricas

© Acervo Prefeitura de Lagoa Santa Gruta da Lapinha



Paleontologia é a ciência que se ocupa dos fósseis e dos registros biológicos com mais de 11 mil anos, indo desde pegadas a fezes petrificadas, passando por ossos de animais, folhas e outros elementos. Para chegar aos dias de hoje, essas joias foram conservadas por meio de mumificação, congelamento, âmbar, lagos asfálticos e outros. Em Minas, há áreas de destaque, como o Triângulo, a terra dos dinossauros, Norte, Noroeste e Sul, além do Vale do Rio das Velhas, principalmente a região cárstica de Lagoa Santa, na Grande BH, onde o paleontólogo dinamarquês Peter W. Lund, conhecido como dr. Lund (1801-1880), viveu mais de 40 anos e, por suas pesquisas usadas até por Charles Darwin (1809-1882), autor da teoria da evolução das espécies, é considerado o "pai da paleontologia brasileira". Até hoje, dr. Lund é a principal referência para estudiosos da paleontologia de mamíferos no Brasil, sendo o primeiro a registrar a presença de pinturas rupestres e a entrar em algumas das mais de 800 cavernas que explorou na região.

Para conhecer, na prática, importância do novo mapa, nada melhor do que visitar áreas de relevância para a paleontologia, que são objeto constante de pesquisas dos especialistas. Um bom exemplo é a Área de Proteção Ambiental (APA) Carste de Lagoa Santa, unidade de conservação vinculada ao Instituto Chico Mendes (ICMBio), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que reúne, em 36,5 mil hectares, o Parque Estadual do Sumidouro, administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), dono de um patrimônio natural, paisagístico, paleontológico, arqueológico e cultural sem limites. O local integra a Rota Lund, destino turístico que une o Museu de História Natural da PUC Minas, no Bairro Coração Eucarístico, Região Noroeste de BH, Parque do Sumidouro e grutas Rei do Mato, em Sete Lagoas, e Maquiné, em Cordisburgo, ambas na Região Central.

Tendo como guia o gerente do Parque do Sumidouro, Rogério Tavares, o EM conheceu algumas grutas da região, que fogem ao circuito turístico conhecido. Uma delas foi a Gruta do Baú, em propriedade particular, em Pedro Leopoldo, que guarda surpresas emocionantes e tem grande beleza cênica. Para chegar até lá, o clima é de aventura: mato alto, quase à cintura, nuvens de pernilongos, abelhas, umidade do solo, gotejamento e morcegos, felizmente sem nenhuma cobra à vista. Vale todo o esforço para encontrar, incrustado na parede de uma caverna, como joia preciosa de milhões de anos, o pequeno osso de um crânio, que, segundo Tavares, seria de um cervídeo.

É com satisfação que ele mostra o fóssil, para, em seguida, seguir para Gruta do Sumidouro, onde Lund encontrou 30 esqueletos humanos associados a ossos da megafauna, levando à evidência sobre a convivência de humanos com animais de grande porte. O lugar, de calma e exuberância, tem trilhas e mostra que todo esse patrimônio natural, formado por água, rochas e vestígios históricos, precisa ser preservado a todo custo. A APA Cárstica foi destacada pela Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (Sigep), vinculado à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), como uma unidade de importância mundial.

Exposição
Muitos fósseis de Minas foram destruídos e grande parte seguiu para o exterior. Ao lado da Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa, o governo estadual constrói um receptivo turístico, que vai abrigar uma sala de exposição, na qual uma das estrelas será a mostra permanente de 70 fósseis do Museu Zoológico de Copenhague, que serão cedidos pelo governo da Dinamarca em regime de comodato. Durante mais de quatro décadas em que viveu na região de Lagoa Santa, Lund enviou ao seu país uma coleção com 12.622 peças, a maioria encontrada na Gruta Lapa Vermelha, em Lagoa Santa - destruída por uma empresa, na década de 1970, que transformou o tesouro natural em sacos de cimento. O acordo para a transferência do material foi selado, em 2009, entre autoridades mineiras e dinamarquesas. "O Mapa Paleontológico vai permitir maior controle e proteção de todo esse acervo. Esperamos que, no futuro, ele seja mais detalhado, mostrando a particularidade de cada província paleontológica, para evitar furtos e intervenções indiscriminadas nesse patrimônio", defende Tavares.

Estudo avalia competitividade turística de municípios mineiros

Com índices acima da média de outras não capitais do Brasil, pelo segundo ano consecutivo, e se destacando nas dimensões Capacidade Empresarial, Políticas Públicas, Cooperação Regional, Social e Ambiental, 17 municípios mineiros selecionados pela Secretaria de Estado de Turismo como Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional receberam, no último dia 15, os resultados da média Minas Gerais do Estudo de Competitividade, realizado pela Fundação Getúlio Vargas em 2010. Participaram da apresentação prefeitos, secretários municipais e representantes dos municípios.

Durante a apresentação, o secretário adjunto de Estado de Turismo de Minas Gerais, Maurilio Guimarães, lembrou que o Estudo de Competitividade é uma "ferramenta de avaliação para que os prefeitos e governos estadual e federal possam nortear suas políticas públicas e se prepararem para a recepção do turista nacional e internacional, principalmente durante a realização da Copa de 2014", afirmou o secretario adjunto.

Receberam o Estudo de Competitividade os seguintes municípios: Sete Lagoas, Santana do Riacho, Poços de Caldas, São Lourenço, Maria da Fé, Capitólio, Araxá, Juiz de Fora, Camanducaia (Monte Verde), Caxambu, Caeté, Uberlândia, Ipatinga, Itabira, Brumadinho, Governador Valadares e Montes Claros.

Destinos Indutores são aqueles que possuem infraestrutura básica e turística, atrativos qualificados e que são capazes de atrair e distribuir número de turistas para seu entorno e dinamizar a economia do território onde estão inseridos.

Destaques do Estudo

As cidades mineiras tiveram melhor desempenho nas dimensões Capacidade Empresarial, Políticas Públicas, Cooperação Regional, Aspecto Social e Aspecto Ambiental, em relação às 38 cidades não capitais analisadas pelo Ministério do Turismo também este ano. No aspecto Ambiental, foram avaliadas estrutura e legislação municipal, distribuição de água e tratamento de esgoto, coleta e destinação de resíduos, entre outros. Nos municípios mineiros a média deste aspecto teve nota final de 71,5 e a média das outras não capitais foi de 61,5.

Acesso à educação, empregos gerados pelo turismo e cidadania foram os fatores avaliados na dimensão Aspecto Social, que obteve média de 62,8, enquanto as outras não capitais brasileiras obtiveram média de 54,2. Na dimensão Cooperação Regional - que analisa governança, projetos de cooperação regional, planejamento turístico, roteirização e promoção -, a média dos destinos indutores mineiros alcançou o aproveitamento de 63,9, enquanto as outras não capitais alcançaram 53,1.

A Capacidade Empresarial dos municípios mineiros obteve o maior destaque na comparação com as não capitais avaliadas. Enquanto a média mineira registrou 53 pontos, a média das não capitais foi de 38,6 pontos. Este tópico faz um estudo sobre a capacidade de qualificação e aproveitamento do pessoal local, da presença de grupos nacionais ou internacionais do setor de turismo, da concorrência e barreiras de entrada e da presença de empresas de grande porte, filiais ou subsidiárias. Também acima da média nacional, o desempenho do tema Políticas Públicas foi destaque no comparativo com as não-capitais. Este aspecto registrou média de 59,1 pontos enquanto as outras não capitais registraram média de 50,7 pontos.

O coordenador de Projetos do Núcleo de Turismo da FGV, Airton Pereira, fez a apresentação do Resultado do Estudo de Competitividade, e salientou que "Minas Gerais obteve um avanço bastante significativo da média geral no comparativo com as outras não capitais avaliadas, que obtiveram 50,3 enquanto os municípios mineiros obtiveram 54,5", revelou.

Estudo de Competitividade

A iniciativa é da Secretaria de Estado de Turismo em parceria com a Fundação Getúlio Vargas - FGV - e tem como objetivo realizar um diagnóstico detalhado e avaliar o grau da competitividade turística dos Destinos Indutores de Minas Gerais, para que os mesmos possam oferecer melhores produtos e serviços para o turista.

Entre os meses de agosto e outubro deste ano, a Fundação Getúlio Vargas realizou um diagnóstico detalhado em 17 destinos mineiros. Técnicos da instituição passaram cinco dias em cada um dos destinos, analisando mais de 600 tópicos, que avaliam as seguintes dimensões: Infraestrutura Geral, Acesso, Serviços e Equipamentos Turísticos, Atrativos Turísticos, Marketing, Políticas Públicas, Cooperação Regional, Monitoramento, Economia Local, Capacidade Empresarial, Aspectos Sociais, Aspectos Ambientais e Aspectos Culturais.

Pelo segundo ano consecutivo, foram avaliados os seguintes municípios: Sete Lagoas, Santana do Riacho, Poços de Caldas, São Lourenço, Maria da Fé, Capitólio, Araxá, Juiz de Fora, Camanducaia, Caxambu e Caeté. A partir deste ano, Uberlândia, Ipatinga, Itabira, Brumadinho, Governador Valadares e Montes Claros passaram a ser considerados Destinos Indutores e receberam, pela primeira vez, o Estudo de Competitividade.
Fonte:Setur

Turismo pelo Brasil entra na cesta da classe C

Com incremento da renda e crédito farto, emergentes devem movimentar R$ 11 bilhões com viagens neste ano



 Com mais dinheiro no bolso, as famílias da nova classe média decidiram gastar mais com lazer e impulsionam as vendas de pacotes de viagens para 2011. Juntas, as classes C e D devem movimentar R$ 11 bilhões com turismo de lazer neste ano, de acordo com projeções do Instituto Data Popular.

O movimento começou no ano passado, quando o acesso facilitado ao crédito e a ampliação da renda permitiram que muitos brasileiros da classe média emergente realizassem a primeira viagem de avião. Segundo o Data Popular, 8,7 milhões de pessoas dessas classes sociais farão sua estreia no transporte aéreo entre agosto de 2010 e agosto de 2011.

Para atrair esse novo público, as agências de turismo diversificaram as programações e flexibilizaram as condições de pagamento, oferecendo parcelamentos de até 12 vezes sem juros. O resultado foi o incremento, já em 2010, de 21% nas vendas de pacotes nacionais e de até 15% na comercialização de destinos internacionais, em relação a 2009, segundo a Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav ).

O presidente da Abav-MG, José Maurício de Miranda Gomes, avalia que há um crescimento mais organizado do setor. “Saímos do aluguel de casas para um turismo mais estruturado”, diz. Segundo ele, em Minas, o crescimento das vendas de pacotes nacionais, em 2010, seguiu o ritmo nacional, com alta de 21% frente a 2009.

Gomes avalia que os consumidores estão sabendo aproveitar as facilidades de crédito ofertadas, uma vez que o preço e as condições de pagamento são melhores quando a compra é feita com antecedência. Em média, um pacote turístico pode sair até 10% mais barato se comprado antecipadamente.

Graças ao crescimento do consumo das classes C e D, a Master Turismo contabiliza um aumento de 30% no faturamento de 2010, em relação a 2009. O diretor-presidente da agência, Fernando Dias, ressalta que as vendas para esse público corresponderam a 40% da receita apurada no ano passado.

Na Ibiza Turismo, as vendas para a classe média emergente tiveram um incremento de 20% em 2010, se comparado ao ano anterior. De acordo com a proprietária da agência, Ana Cristina da Silva, na unidade do Shopping Cidade, cerca de 60% dos pacotes comercializados são direcionados a esse público.

O aumento do poder econômico dos consumidores emergentes também deve impulsionar a comercialização de pacotes turísticos nacionais e internacionais na CVC. A empresa estima um incremento de 25% entre o mês passado e o Carnaval deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. A CVC informou que espera atender a 600 mil turistas somente nessa alta temporada.

As agências de viagens, porém, não são as únicas beneficiadas com o aumento dos gastos das classes C e D com turismo e lazer. As companhias aéreas também estão de olho nesse novo filão. Para conquistar uma fatia maior desse público, a TAM tem apostado na oferta de voos em horários alternativos. Os preços são de 15% a 20% mais baratos se comparados aos dos voos em horários convencionais.

A estratégia surtiu efeitos. Pesquisa de Segmentação da TAM realizada pela Ipsos em 2009 aponta que, em 2006, 2% dos passageiros transportados pela companhia pertenciam à classe C. No acumulado de 2010, esse público corresponde a 6% do total de clientes da TAM. A empresa aérea informou que o objetivo é ampliar essa participação para 17% nos próximos cinco anos.

Nordeste é o novo sonho de consumo

O aumento do poder econômico da classe média emergente provocou uma mudança natural na escolha dos destinos turísticos por parte desses consumidores. Antes, viajar de ônibus para a casa de familiares ou para praias do litoral do Espírito Santo e do Rio de Janeiro eram as opções mais comuns, principalmente na alta temporada.

Hoje, o Nordeste é o sonho de consumo dos turistas mineiros das classes C e D. Cidades como Natal (RN), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Maceió (AL) entraram para a lista dos destinos mais procurados pelos consumidores emergentes.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens no Estado de Minas Gerais (Abav-MG), José Maurício de Miranda Gomes, a possibilidade de parcelar o pagamento em muitas vezes permite que esse público, hoje, escolha o destino que deseja. Para o diretor-presidente da Master Turismo, Fernando Dias, o mercado está começando a perceber a força desses consumidores. Segundo ele, tradicionalmente, esse público viaja uma vez ao ano. Dias estima que dos 400 mil turistas que viajaram pela agência em 2010, 50% já pertencem à classe C.

Mesmo com a ampliação das vendas de pacotes aéreos para a classe média emergente, o turismo rodoviário também encerrou 2010 com saldo positivo em relação a 2009. Conforme o presidente da Abav-MG, o segmento fechou o ano com um crescimento de cerca de 7% em comparação com o ano anterior. Ele frisa que muitas empresas do setor aproveitaram o bom momento para renovar a frota de ônibus.

Na avaliação de Gomes, outros motivos além do aumento do poder de consumo das classes C e D contribuíram para o aquecimento do setor em 2010. “O ano de 2009 foi atípico. Ainda estávamos sob os efeitos da crise econômica mundial e a ameaça de uma epidemia de gripe suína também impactou negativamente o setor”, explica.

Dólar em queda amplia pacotes ao exterior

Se antes as viagens internacionais estavam limitadas a um público seleto, com a valorização do real frente ao dólar, os pacotes para o exterior ficaram mais baratos. A mudança permitiu que as operadoras de turismo oferecessem produtos mais econômicos, que têm atraído, sobretudo, consumidores da classe C.

A Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav) estima que o balanço de 2010 ante 2009 contabilize incremento de 12% a 15% nas vendas de roteiros internacionais. Conforme a entidade, cerca de 10 milhões de brasileiros viajaram para o exterior no ano passado. O diretor de Assuntos Internacionais da Abav, Leonel Rossi Júnior, diz que o turista de primeira viagem que busca um destino internacional geralmente procura lugares mais próximos ou familiares como Argentina, Chile e Portugal.

Já o presidente da Abav-MG, José Maurício de Miranda Gomes, lembra que, antes, os pacotes internacionais eram vendidos em dólar e acabavam pesando no bolso do consumidor. Hoje, o parcelamento é feito em real, o que tornou o produto mais acessível. Gomes estima que, em Minas Gerais, as vendas de roteiros turísticos para o exterior no ano passado tenha ficado em 21% frente a 2009, acima, portanto, da média nacional. Segundo ele, o crescimento superior ao verificado no Brasil deve-se ao fato de o Estado ter recebido novos voos internacionais.

Na Master Turismo, a comercialização de pacotes turísticos para o exterior aumentou 40% em 2010, em relação a 2011. De acordo com o diretor-presidente da agência de viagens, Fernando Dias, os destinos mais procurados foram América do Sul, Estados Unidos e Caribe. Ele informa que 30% das vendas foram destinadas a consumidores das classes C e D. “Em 2005, esse percentual era de 10%”, frisa.

O presidente da Abav-MG salienta que, com a ascensão da classe média emergente, os turistas das classes A e B, já acostumados com esses roteiros, têm buscado destinos alternativos, como países da Europa Oriental e Ásia. “É uma cadeia. Quem utilizava o transporte rodoviário passou a viajar de avião e quem já conhece o Nordeste e países da América Latina, passou a optar por lugares mais exóticos”, explica.

Dissertação propõe incentivo ao turismo rural em Minas Gerais


Municípios com baixo índice de desenvolvimento humano e com pouca ou nenhuma infraestrutura básica podem ser incluídos em roteiros turísticos, devido aos seus recursos naturais e culturais. É o que defende a turismóloga Marcina Amalia Nunes Moreira, em dissertação desenvolvida junto ao programa de pós-graduação em Geografia, do Instituto de Geociências da UFMG.
 Na pesquisa, orientada pelo professor Allaoua Saadi, Marcina Moreira utilizou como exemplo o município de Alto Rio Doce para demonstrar que mesmo em regiões não reconhecidas por sua vocação turística é possível investir em tipos específicos de roteiro. No caso de Alto Rio Doce – localizado na Zona da Mata, a cerca de 220 quilômetros de Belo Horizonte – a pesquisadora propõe um roteiro que inclui a história e a cultura locais, com o envolvimento da comunidade.
O modelo é bem conhecido na Europa, em regiões nas quais turistas hospedam-se em pequenas propriedades rurais, para conhecer de perto atividades rotineiras como plantio e colheita, beneficiamento caseiro de frutos e cuidados com o rebanho. “Há pessoas que fazem esse tipo de turismo na Europa mas não conhecem a realidade das áreas rurais do Brasil”, comenta a autora da pesquisa.
Segundo ela, além da hospedagem em propriedades rurais, uma das opções em alguns municípios mineiros seria a criação de um circuito de alambiques. “O turista poderia ver o processo de produção da rapadura em um alambique, da garapa em outro e da cachaça em um terceiro. Outra possibilidade seria conhecer os caminhos, dentro da propriedade, que o vaqueiro, por exemplo, faz todos os dias. Isso é aliar a interpretação da paisagem cultural com a paisagem natural”, explica, ao comentar que pesquisas que envolvam o olhar e a interpretação apresentam-se como estratégias motivacionais para se pensar o turismo de maneira distinta, “uma vez que permitem ao observador ver a paisagem sem se separar da mesma, vendo-o com ela”.
O envolvimento das comunidades locais faria o diferencial entre esse novo turismo e a forma tradicional de turismo. “Na dissertação, proponho a participação comunitária e também uma maior sensibilização da população no que se refere ao histórico do município e ao modo de vida dos habitantes, ponto crucial para o desenvolvimento turístico responsável baseado na proteção do patrimônio rural”.
Marcina Moreira explica que em seu estudo utilizou metodologia específica elaborada pelo Ministério do Turismo, sugerindo adotar a paisagem como categoria de análise geográfica do espaço e como uma forma de linguagem. “A interpretação da paisagem em distritos e aglomerados, fazendas e caminhos rurais e sua hierarquização enquanto atrativos e equipamentos turísticos possibilitaram a proposição dos roteiros”, diz.

Turismo rural é oportunidade para negócios no interior de Minas Gerais

Projeto da Emater mobiliza moradores de comunidade rural do município de Carangola

O potencial turístico do município de Carangola, na Zona da Mata de Minas Gerais, está mobilizando moradores da comunidade rural de Conceição. O turismo rural é visto como uma oportunidade para realizar bons negócios, atraindo a atenção de visitantes interessados em conhecer a natureza e a comprar os produtos locais.

Por meio do projeto Caminhe pela Vida, idealizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), um grupo de mulheres da localidade vem organizando, há dois anos, caminhadas mensais para grupos de turistas.

Os passeios são programados para ocorrer duas vezes a cada mês, geralmente aos domingos. As caminhadas começam pela manhã e terminam à tarde. Em média, cada grupo de caminhantes é formado por 12 a 15 pessoas. É cobrada uma taxa única, de R$ 15, que inclui café da manhã, almoço e remuneração do condutor.

Hoje, a comunidade de Conceição conta com 12 circuitos, todos passando por lavouras de café, matas, trilhas e estradas. Além de os moradores contarem com a renda do fornecimento do café da manhã e do almoço aos visitantes, também têm a oportunidade de vender produtos como doces, queijos e objetos do artesanato local. A escolha das casas que oferecem as refeições é feita de acordo com a distância de cada circuito percorrido.

Para incrementar o turismo na região, a Emater-MG local planeja capacitar pessoas envolvidas na atividade. A empresa vai ensinar como processar alimentos, utilizando boas práticas de fabricação.

AGÊNCIA MINAS

COPA 2014: Secretaria espera entrada de cerca de R$ 1 bilhão na economia do turismo

A economia do turismo mineiro poderá ter uma receita adicional de cerca de até R$ 1 bilhão, em função da realização de jogos da Copa do Mundo de Futebol, em 2014. Foi o que  disse no domingo (31), a secretária de Estado de Minas Gerais, Érica Drumond,  após o anúncio em Bruxelas, feito pela Federação Internacional de Futebol (FIFA), das cidades brasileiras que serão sede de jogos no Brasil.
Pesquisa do Impacto Econômico dos Eventos Internacionais, realizada pela Fundação Getúlio Vargas (2008), a pedido da Embratur, indica que o gasto médio do turista estrangeiro de eventos no Brasil, por dia,  é de US$ 314,70. De acordo com a secretária, atualmente, a capital e seu entorno, possuem  cerca de 15 mil unidades habitacionais (quartos), podendo abrigar 30 mil pessoas/dia, o que movimentaria, em um período de 60 dias, cerca de R$ 1 bilhão de reais. “Levando-se em consideração que a Copa do Mundo movimenta um longo período, com atividades que antecedem e postergam o grande evento, se formos mensurar a nossa capacidade atual,  já teríamos a uma grande movimentação financeira neste período. Todo turista em um destino pratica os verbos hospedar, comer, visitar e comprar”, reforçou Drumond.

O turista estrangeiro de eventos gasta diariamente o dobro do turista estrangeiro que vem ao País a negócio.  O gasto diário do turista de negócios é de US$ 165,14 e o que vem a lazer (US$ 73,53).  Pesquisa aponta ainda que os principais gastos de turistas internacionais no Brasil são em hospedagem (45,04%), alimentos e bebidas (13%), compras e presentes (11,95%), transporte (7,62%) e cultura e lazer: (7,48%).
 De olho neste mercado, já estão em fase de implantação em Belo Horizonte e região, com vistas a Copa 2014, novos empreendimentos em hotelaria em Belo Horizonte, em Jaboticatubas e em Brumadinho, com o incremento de mais de 600 leitos.
Agenda Internacional
Érica Drumond lembrou que em 2008 o Governo de Minas assinou com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), um convênio na ordem de U$ 5,6 milhões para o incremento do turismo de negócios em Belo Horizonte. Como resultado, já foi implantada uma rede integrada entre todos os setores turísticos da capital, para a captação articulada de eventos internacionais o Estado. “A iniciativa é muito importante para que a agenda internacional da cidade possa mudar o perfil do investimento na capital. É necessário esse incremento nos seis anos que antecedem a Copa. Grandes eventos internacionais geram a alta ocupação, o interesse de grandes investidores e novos negócios para Estado” disse.
A capital Belo Horizonte é atualmente a 5ª cidade  brasileira que mais recebe eventos internacionais no ranking 2008 da ICCA (International Congress and Conference Association). Minas Gerais tem ainda outros três municípios bem colocados na participação em nível nacional (Ouro Preto – 10º lugar e Tiradentes/Juiz de Fora - 11º).“Estamos na busca permanente de eventos internacionais. Esta semana, por exemplo, a Setur esteve na Alemanha, participando da IMEX – uma das maiores feiras de Turismo de Negócios do Mundo. “Queremos ampliar nossa agenda internacional e atrair investimento em hotelaria e restaurantes de padrão internacional para receber os turistas da Copa”, afirmou a secretária.
Destinos preparados
De acordo com a Match Event Services, empresa contratada pela FIFA para tratar das acomodações, bilheterias e centros de hospitalidade da Copa do Mundo 2014, em média, os torcedores ficam dois dias na cidade onde jogo acontece e depois é comum que aproveitem por mais 3 ou 4 dias em outras localidades com atrativos turísticos no próprio Estado.

A secretária Érica Drumond lembra que Minas Gerais possui 15 destinos indutores, que serão avaliados, ano a ano, em aspectos de infraestrutura, serviço turístico, economia local, aspectos sociais e culturais, capacidade empresarial, marketing, dentre outros, para estarem preparados e qualificados para receber equipes, torcedores, imprensa e públicos de interesse da Copa do Mundo.“Atender bem a esse turista é fundamental para obter um imagem positiva no pós-Copa e garantir a visibilidade do Estado por muitos anos”, afirma Drumond. São considerados indutores em Minas Gerais os municípios de Ouro Preto, Belo Horizonte, Tiradentes, Diamantina e São João del Rei – que estarão com padrão de excelência para a recepção do turista internacional, além de Sete Lagoas, Santana do Riacho, Poços de Caldas, São Lourenço, Juiz de Fora, Camanducaia (Monte Verde), Caxambu, Maria da Fé, Caeté, Araxá e Capitólio.
Promoção e apoio à comercialização
O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Turismo, mantém o Programa de promoção e apoio à comercialização, com a participação em feiras nacionais e internacionais, capacitação de operadores, realização de viagens de reconhecimento com jornalistas e operadores de turistas nacionais e estrangeiros e blitz nos principais mercados emissores de turistas para Minas Gerais. Nos dois últimos anos, já foram investidos em promoção do turismo mineiro cerca de R$ 7,5 milhões. “Nossa meta é ampliar o fluxo de visitação e a permanência do turista que vem a grandes eventos em Minas, oferecendo também roteiros de lazer para o mesmo possa ficar por mais dias em nosso Estado”, conclui a secretária.
 
Agência Minas: acesse as notícias do Governo de Minas Gerais.  

Parque Estadual do Sumidouro ganha unidade de apoio operacional

O Parque Estadual do Sumidouro ganhou uma sede provisória na Casa Fernão Dias, localizada no povoado Quinta do Sumidouro, no município de Pedro Leopoldo. A edificação faz parte do patrimônio histórico da região, e foi cedida por meio de convênio entre a Prefeitura de Pedro Leopoldo com o IEF, assinado na última quinta-feira (30).
A estrutura conta com salas de exposições, uma pequena biblioteca, um espaço para visitantes. Segundo o gerente do Parque Estadual do Sumidouro, Rogério Tavares, a Casa funcionará como ponto de apoio às atividades do IEF na implantação da unidade de conservação.
 
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A localidade da Quinta do Sumidouro é considerada um dos primeiros povoados de Minas Gerais e seu conjunto histórico, paisagístico e natural foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA/MG) em 1976.  O pequeno povoado possui um patrimônio onde se destacam as pinturas rupestres, as grutas e os sítios arqueológicos.
A implantação do Parque Estadual do Sumidouro ganhou novo impulso em 2006 com a destinação de recursos provenientes da compensação ambiental decorrentes do processo de licenciamento da linha verde, que liga Belo Horizonte ao aeroporto internacional Tancredo Neves, em Confins.
Segundo Rogério Tavares, o IEF concluiu o trabalho de identificação das ocupações internas e realiza o cadastramento e levantamento de documentação dos proprietários. "Após a identificação das ocupações, as informações serão enviadas à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão para cálculo das indenizações para a desapropriação", informa.
O Parque foi criado em 1980, pelo Decreto 20.375, com o objetivo de preservar o patrimônio cultural e natural existente na região. Além do patrimônio natural, o valor histórico da área do Parque Estadual do Sumidouro é inestimável. A região abriga alguns dos registros mais antigos da presença humana no continente americano.
No Século 19, a região foi estudada pelo arqueólogo dinamarquês Peter Lund que inaugurou os estudos arqueológicos no país e colocaram Lagoa Santa no mapa mundial de áreas mais importantes para a ciência.
O Parque, juntamente com o Parque Estadual Serra Verde, faz parte do Sistema de Áreas Protegidas que faz parte do Plano de Governança Ambiental e Urbanística da Região Metropolitana de Belo Horizonte do Governo de Minas que realizará o ordenamento territorial da região. O Plano inclui ainda a implementação do Plano de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Ribeirão do Onça.
 
Data: 31/08/07
Fonte: Ascom Sisema

quarta-feira, 2 de março de 2011

Lei do Turismo é regulamentada

Relações de consumo, fiscalização, cadastramento, cruzeiros marítimos e sustentabilidade estão contemplados na legislação

Ministério do Turismo



O Diário Oficial da União publicou na última sexta-feira (3/12/2010) o Decreto 7.381 que regulamenta a Lei do Turismo. Dividida em dez capítulos, a legislação define as atribuições das instâncias responsáveis pelo planejamento, desenvolvimento e estímulo ao setor e as regras para cadastramento, classificação e fiscalização dos prestadores de serviços turísticos. Disciplina ainda as atividades das empresas do setor.

“O decreto consolida os avanços alcançados pelo turismo nos últimos oito anos, dando segurança jurídica aos contratos e, por consequência, aperfeiçoando os mecanismos de proteção do consumidor de produtos e serviços turísticos”, disse o ministro do Turismo, Luiz Barretto.

O decreto traz dispositivos que tratam da relação de consumo entre turistas e empresas, em consonância com o Código de Defesa do Consumidor. Disciplina as atividades de meios de hospedagem, agências de turismo, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos, parques temáticos e acampamentos turísticos. Para essas atividades, segundo o decreto, o cadastro no sistema Cadastur do Ministério do Turismo é obrigatório.

A sustentabilidade ambiental da atividade turística é outro foco do decreto. A construção, instalação, funcionamento de estabelecimentos de turismo potencialmente poluidores, por exemplo, dependerão de prévio licenciamento ambiental. Assim como, a realização de qualquer atividade de turismo na Antártica, por parte de operadoras brasileiras, deverá ser aprovada pelo Ministério do Turismo. São contempladas ainda, em todas as atividades abordadas na legislação, regras que garantam boas condições de higiene, salubridade e segurança para o usuário.

Náutico – O segmento de turismo náutico, cujo crescimento chega a 350% nos últimos dez anos no país, foi contemplado no decreto. Ficam definidos os conceitos de embarcação de turismo, cruzeiros marítimos e fluviais e suas classificações em categorias, como cabotagem e longo curso. “Os padrões de classificação em categorias de conforto e serviços serão estabelecidos em ato do Ministério do Turismo”, determina o dispositivo legal.

Fiscalização: O decreto cria a figura do agente fiscal do turismo. Estabelece que a fiscalização das empresas do setor será efetuada pelo Ministério do Turismo e seus órgãos delegados ou conveniados. As multas por infrações aos dispositivos da lei variam de R$ 350 a R$ 1 milhão.

Hamm destaca aprovação do projeto que cria condições de incentivos ao turismo rural

O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), que integra a Comissão de Turismo e Desporto (CTD) na Câmara dos Deputados, destaca que foi aprovado nesta semana na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) o Projeto de Lei (PL) 5077/09, do deputado Silvio Torres (PSDB-SP)

Assessoria de Imprensa Deputado AFONSO HAMM

Esse projeto, que segue agora para o Senado, tem como propósito criar condições para o incentivo do turismo rural no país.

Afonso Hamm, em 2009, foi relator do PL quando tramitou na CTD. Na CCJ, o texto foi aprovado de forma conclusiva. A proposta prevê administração de hospedagem em meio rural; fornecimento de alimentação e bebidas em restaurantes e meios de hospedagem rurais; organização e promoção de visitas a propriedades produtivas ou propriedades inativas de importância histórica. No projeto também consta a exploração de vivência de práticas do meio rural e exploração de manifestações artísticas ou religiosas.
De acordo com Hamm, esse projeto traz muitos benefícios uma vez que novos empregos serão criados e ainda visa à melhoria da qualidade de vida aos empregadores, funcionários e aos que desfrutam a atividade de turismo rural. “Ao facilitar a atividade econômica em meio rural, com a exploração das modalidades de turismo que são praticadas longe das cidades, contribuirá para a redução das desigualdades regionais no Brasil”, detalha Hamm ao assinalar que com esse projeto a atividade do turismo rural se expandirá e contribuirá ainda mais para o desenvolvimento social e econômico do país.

O PL resolve uma pendência que existe há anos: a inadequação do tratamento fiscal e previdenciário aos empreendedores rurais que se ocupam, ou que, pretendem se ocupar, também, do turismo rural, assinala.

Governo de Minas repassa R$ 453 mil em janeiro para aplicação no turismo

Lei do ICMS Turístico beneficia 44 municípios do Estado. Expectativa é de R$ 7 milhões ao ano

Municípios mineiros beneficiados pela Lei do ICMS Turístico (18.030/2009) receberam no mês de janeiro o total de R$ 453 mil. O valor, divulgado no site da Fundação João Pinheiro nesta quarta-feira (02), é calculado com base na arrecadação semanal do Estado e a divulgação dos repasses é feita mensalmente pela entidade.

De acordo com o secretário de Estado de Turismo, Agostinho Patrus Filho, a expectativa é que sejam destinados, até o final de 2011, aproximadamente R$ 7 milhões para os repasses do critério Turismo do ICMS Estadual. “Iniciamos nossa gestão com um fato inédito no Brasil. Estamos descentralizando recursos e repassando diretamente para os municípios. Esta é uma forma da política pública do turismo mineiro ser executada na ponta, nas cidades – que detêm o conhecimento de suas reais necessidades”, comemora o secretário.

Municípios

No primeiro ano de repasse do ICMS Turístico, 44 cidades mineiras obtiveram o recurso, após documentação, referente ao exercício de 2009, aprovada por comissão técnica do ICMS Turístico.  São eles: Alfredo Vasconcelos, Angelândia, Antonio Carlos, Araporã, Argirita, Bueno Brandão, Cachoeira de Minas, Cachoeira Dourada, Camanducaia, Cambuí, Capelinha, Capitólio, Caratinga, Carmo de Minas, Catas Altas da Noruega, Caxambu, Chapada do Norte, Conceição da Barra de Minas, Coronel Xavier Chaves, Cristália, Datas, Dores de Campos, Felício dos Santos, Gonçalves, Grão Mogol, Ipanema, Ipuiúna, Jequeri, Lagoa Dourada, Passa Quatro, Piedade de Caratinga, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Sabará, Sacramento, Santa Rita de Minas, São Tiago, Sapucaí Mirim, Simonésia, Tocos do Moji, Turmalina, Uberlândia, Varginha e Virgolândia.

O ICMS Turístico só se tornou possível após aprovação da Lei 18.030/2009, que permite às administrações municipais uma suplementação financeira, oferecendo, assim, novos investimentos municipais no setor turístico.

Requisitos

Os requisitos mínimos para habilitação do município são: Participar de uma Associação de Circuito Turístico reconhecida pela SETUR/MG, nos termos do Programa de Regionalização do Turismo no Estado de Minas Gerais; ter elaborada e em implementação uma política municipal de turismo; possuir Conselho Municipal de Turismo (Comtur), constituído e em funcionamento e possuir Fundo Municipal de Turismo (Fumtur), constituído e em funcionamento.

Turismo foi a área com maior corte orçamentário em termos percentuais

Pasta perdeu 84,4% do que foi inicialmente previsto para 2011 para os gastos com diárias, passagens, compra de material, contratação de serviços, etc

Daniel Lima, Kelly Oliveira e Luciene Cruz
Agência Brasil
O Ministério do Turismo foi a pasta com o maior corte orçamentário em termos percentuais, no que se refere às despesas discricionárias, tendo perdido 84,4% do que foi inicialmente previsto para 2011 para os gastos com diárias, passagens, compra de material, contratação de serviços etc.
De R$ 3,655 bilhões, a pasta ficou com R$ 573 milhões. Foi o que informou hoje (28) a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, na divulgação da programação orçamentária e financeira do Orçamento Geral da União de 2011.
Já o Ministério do Esporte sofreu o segundo maior corte percentual em seu orçamento de despesas discricionárias, que foi reduzido em 64%. De R$ 2,374 bilhões, o ministério ficou com R$ 853 milhões.
Em termos nominais, conforme a ministra, o Ministério das Cidades foi o que teve o maior corte, de R$ 8,577 bilhões. Dos R$ 21,120 bilhões aprovados na Lei Orçamentária Anual (LOA), pelo Congresso Nacional, a pasta poderá utilizar com despesas discricionárias R$ 12,542 bilhões.
O segundo ministério mais atingido nominalmente foi o da Defesa, que perdeu R$ 4,383 bilhões. Dos R$ 15,275 bilhões previstos inicialmente, a Defesa ficou com R$ 10,891 bilhões. O terceiro maior corte nominal atingiu o Ministério da Educação, que passou de um orçamento de R$ 28,026 bilhões para R$ 24,925 bilhões, uma redução de R$ 3,101 bilhões.
O menor corte nominal foi o do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, que perdeu R$ 22,851 milhões, passando de R$ 17,765 bilhões para R$ 17,742 bilhões.
Despesas discricionárias são aquelas em que o governo tem poder de deliberação sobre sua execução, de acordo com suas prioridades, podendo ser objeto de contingenciamento.

terça-feira, 1 de março de 2011

Mineradoras investirão U$ 9 bi em Minas Gerais

São Paulo - Até 2014, quatro grandes projetos novos e de expansão na obtenção de minério de ferro movimentarão a quantia de U$ 9 bilhões em Minas Gerais. Atualmente, o estado concentra 13 iniciativas de extração, segundo informou o gerente de dados econômicos do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), Antonio Lannes.
"O déficit exterior do insumo e a demanda nacional, proveniente do crescimento da economia, aumenta a procura pelo minério de ferro", disse Lannes. De acordo com ele, os investimentos são para atender a produção siderúrgica, que vem sendo alavancada pela fabricação de automóveis, bens de consumo, como eletroeletrônicos, entre outros.
A empresa MMX está expandindo a mina Serra Azul e o mesmo está sendo feito pela CSN em relação à mina Casa de Pedra, localizada na cidade de Congonhas, com capacidade de produção de 40 mil toneladas anualmente. A Terrols Resoucers e a Vale estão criando ações completamente novas no estado.
Batizado de Apolo e sujeito a aprovação do Conselho de Administração, o projeto da Vale está previsto para começar as operações no primeiro semestre de 2014 e estima totalizar U$ 377 milhões em investimentos em bens de capital para um novo complexo de mineração e a criação de um ramal ferroviário. "As mineradoras estão investindo muito e, por visarem ao mercado internacional, o Brasil é hoje um dos maiores exportadores de minério do mundo, com 50 projetos simultâneos em andamento pelo País", disse. As obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal e as construções para a Copa do Mundo e paras as Olimpíadas também foram apontadas como agentes fomentadores da produção do insumo.

Economia e a sustentabilidade

Economia e a sustentabilidade
Os recursos ambientais desempenham funções econômicas, entendidas estas como qualquer serviço que contribua para a melhoria do bem-estar, do padrão de vida e para o desenvolvimento econômico e social.

A sustentabilidade está associada à idéia de estabilidade, de permanência no tempo, de durabilidade.
Segundo Maurice Strong: “O desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.” Esta definição foi criada pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento, que produziu um relatório chamado “Nosso futuro comum”, também conhecido como Relatório Burdtland (COMISSÃO BRUNDTLAND, 1991, p. 46).
Todas as nações devem visar um tipo de desenvolvimento que integre a produção com a conservação e ampliação dos recursos, e que vincule aos objetivos de dar a todos uma base adequada de subsistência e um acesso eqüitativo aos recursos. O conceito de desenvolvimento sustentável fornece uma estrutura para a integração de políticas ambientais e estratégias de desenvolvimento.

Prevenção: menor custo a degradação/poluição
Precaução: avaliação prévia dos impactos
Participação: envolvimento da comunidade
Proatividade: prevenção de problemas
Compensação: melhoria ampla em outra área
Compromisso melhoria continua: meta modesta
Poluidor pagador: arcar com os custos de remediar
Diante de um consumidor cada vez mais exigente, empresas precisarão ter mais transparência e capacidade de dialogar com seus públicos. Essa é a principal conclusão dos participantes da oficina realizada pelo Akatu, durante a Conferência Internacional do Instituto Ethos. Com o objetivo de provocar uma reflexão das empresas sobre as necessárias transformações em seus negócios frente à evolução do consumo consciente, o Instituto Akatu realizou a oficina “A transformação do consumidor para uma nova economia global” durante a Conferência Internacional Ethos 2009, realizada em São Paulo.

Na oficina, que contou com a participação de mais de 100 representantes de empresas e instituições de todo o Brasil foram apresentados pontos de destaque de várias pesquisas sobre o perfil do consumidor. Estas constatações fundamentaram seis tendências em seu comportamento:
Papel das empresas: o consumidor brasileiro espera das grandes empresas que, além de serem agentes produtivos, sejam agentes sociais e ambientais, contribuindo ativamente para o desenvolvimento da sociedade;
Comunicação transparente: o consumidor desconfia das informações fornecidas pelas empresas a respeito do que elas fazem em termos sociais e ambientais e buscam mais informações a esse respeito;
Decisões de compra mais sustentáveis: o consumidor valoriza cada vez mais as questões ambientais em sua decisão de compra;
Resposta do consumidor à empresa: os consumidores estão dispostos a punir ou recompensar as empresas pelas suas práticas efetivas de responsabilidade social empresarial;
Sustentabilidade como diferencial competitivo: os consumidores se sentem mal informados sobre a ação de responsabilidade socioambiental das empresas e, com isso, desconfiam das informações recebidas mesmo das melhores empresas nas práticas de sustentabilidade;
Poder de mobilização do consumidor: os consumidores mobilizam, mais e mais, outros consumidores a avaliar a ação social e ambiental das empresas, e, ao mesmo tempo, a levar estas informações em consideração em suas decisões de compra.

A partir de cada tendência, os participantes levantaram oportunidades e ameaças ao negócio das empresas. Além disso, sugeriram várias ações de informação, comunicação e educação que as empresas poderão adotar junto a seus funcionários e consumidores como resposta aos desafios colocados por essas tendências.
O resultado dessa reflexão revela um novo modelo de conduta das empresas. Palavras como “diálogo”, “transparência”, “coerência”, “relacionamento” e “visão sistêmica” apareceram com freqüência entre as idéias apresentadas.
“Diante da emergência de um novo consumidor, que exerce seu papel de cidadão por meio de um consumo mais consciente, percebemos que está em curso uma mudança de paradigmas na sociedade na direção da sustentabilidade”, afirma Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.
Essa sociedade mais sustentável está fundamentada, mais do que nunca, no diálogo e na comunicação. “As empresas começam a perceber que os stakeholders são mídias poderosas”, avalia Mattar. “É preciso estabelecer com os stakeholders relações de afetividade e de credibilidade. Quando a empresa errar, deve contar que errou”, acredita. “Na era da visibilidade, a falsa autovalorização é desmoralizada e, com certeza, se voltará contra a própria empresa.”

Veja alguns exemplos das ações sugeridas pelos participantes da oficina:

·         Utilização das ferramentas digitais e das redes sociais para informar e mobilizar para o consumo consciente e a sustentabilidade;
·         Diálogo transparente com todos os stakeholders (como via de mão dupla, onde a empresa educa e é educada por seus funcionários, acionistas, fornecedores, parceiros etc.) para que sejam disseminadores, com credibilidade, daquilo que a empresa efetivamente faz;
·         Manutenção de diálogo constante e transparente com a cadeia produtiva, de modo a viabilizar ações crescentemente sustentáveis por parte dos fornecedores.

Municípios mineiros querem investir no potencial turístico

Municípios mineiros querem investir no potencial turístico
Com recursos garantidos pelo ICMS Turístico, cidades beneficiadas planejam ações para atrair visitantes
Belo Horizonte - Os municípios de Minas Gerais, no Brasil, contemplados com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) Turístico em 2011 já planejam como investir o benefício para ampliar a participação do setor na economia.
A proposta é aplicar o recurso no potencial turístico municipal, oferecer mais atrações e assim conseguir manter o viajante por mais tempo nos destinos. O ICMS turístico mineiro é uma iniciativa pioneira no Brasil.
Em 2011, 44 municípios foram beneficiados pelo repasse. De acordo com a Fundação João Pinheiro (FJP), existe uma estimativa de repasse anual de R$ 7 milhões para os municípios. A inclusão do critério Turismo no ICMS é resultado de esforço coletivo entre as Associações de Circuitos Turísticos e a Secretaria de Estado de Turismo (Setur). Um dos municípios mais bem pontuados no critério turístico do ICMS, São Tiago, do Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes, na região Central de Minas, aposta nas tradições e nos receptivos domésticos. Integrante do mesmo circuito, Dores do Campo quer conhecer melhor os viajantes que chegam à cidade e prevê investimentos na sinalização turística. Proposta semelhante tem o Circuito Rota dos Muriquis, além da realização de um antigo projeto: a construção de um parque temático da obra de Ziraldo, em Caratinga, terra natal do escritor e cartunista.

Café com biscoito
A Terra do Café com Biscoito, título concedido a São Tiago por suas mais de 50 pequenas e micro fábricas de biscoito artesanal, realiza há 12 anos a Festa do Café com Biscoito. O evento acontece no segundo final de semana de setembro, quando a população de 10,5 mil habitantes quadruplica, e quer ampliar a principal atração da cidade: um forno para assar biscoitos na praça principal da cidade.
O responsável pela política municipal de turismo de São Tiago, Flúvio Antônio Salomão Martins, explica que o forno já existe, mas a idéia é transformá-lo em um centro de atendimento ao turista. “Todos os anos o forno era desmontado, mas a partir de 2005 começamos a construir um definitivo, um espaço que reproduz o ambiente rústico das fazendas. Neste espaço, o turista fará degustação e poderá aprender receitas”, planeja Martins. O projeto prevê acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais e reproduz a tradição de mais de 300 anos da região.
Desde 1999, visitantes tem à disposição cinco mil toneladas de biscoitos e cinco mil litros de café para degustar. A criação da festa foi uma bem sucedida estratégia para atrair turistas. “Nosso biscoito é comercializado em todo o Estado, no Rio e em São Paulo, e como ele não trazia turistas, resolvemos criar a festa. Recebemos a cada ano cerca de 40 mil pessoas”, comemora.

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São Tiago, conhecida como a Terra do Biscoito, recebe anualmente cerca de 40 mil visitantes
 durante a Festa do Café com Biscoito
Credito Focest

De olho nos turistas que visitam as vizinhas e mais conhecidas, São João del-Rei e Tiradentes, São Tiago quer ampliar o tempo de permanência desses turistas, que atualmente é de dois dias. Para aumentar o fluxo, a prefeitura quer dar início ao Projeto Cama e Café, que consiste em mapear e preparar receptivos familiares, já que a cidade conta apenas com um hotel.
Além da Festa do Café com Biscoito, o Circuito Trilha dos Inconfidentes tem outros trunfos: o artesanato em tear de Rezende Costa e o artesanato em couro de Prados. “Com a integração das políticas municipais de turismo, todos ganham”, conclui Martins.

Receita de sucesso
Além do produto do biscoito, outra receita de sucesso do Circuito Trilha dos Inconfidentes foi o trabalho desenvolvido em parceria com os 20 municípios integrantes. O circuito contratou uma consultoria que trabalhou a base legal para os municípios se habilitarem ao crédito Turístico do ICMS.
A consultora Silvana Toledo de Oliveira, da empresa Projetu Qualificação Profissional e Consultoria, informa que por 12 meses atuou na sensibilização e mobilização de comunidades e no suporte à criação dos conselhos e fundos municipais de turismo. “Quando o município já possuía conselho, procuramos evoluir na captação de recursos para o fundo municipal, mas o mais importante de nosso trabalho foi o arcabouço legal criado e que permanecerá mesmo que mude o prefeito ou partido”, explica. Não foi o caso de Dores do Carmo. A cidade possui conselho municipal desde 2004, mas não possuía o fundo. “A gente já estava trabalhando antes da lei ser promulgada. Em 2009, o Conselho Municipal de Turismo passou por uma reformulação, capacitação dos membros e criação do Funtur, com definição de recursos, conforme metodologia da consultoria – doações e eventos”, informa a diretora de pesquisa e planejamento da Secretaria Municipal de Cultura de Dores do Campo, Paula Maria Nascimento Moreira.
Dona de um carnaval famoso na região, a cidade investiu na conscientização da comunidade para seus principais atrativos, as cachoeiras, mas já com planos para retomar a Feira de Artesanato e Indústria de Dores do Carmo, tradicional festa que acontecia em julho, até o ano de 2006. O município está construindo um parque de exposições que, entre outras funções, vai abrigar o conhecido artesanato em couro da cidade, famoso por seus artigos em selaria, roupas e, mais recentemente, pet shop.

Rota do Muriqui
O Circuito Rota do Muriqui foi o último a ser certificado pela Secretaria de Turismo e dos seis municípios que o integram, quatro conseguiram se habilitar no critério do ICMS Turístico. O presidente da Associação do Circuito, Paulo Sérgio Gomes, que também é membro do Comtur de Caratinga, considera o fato uma vitória. “Dez por cento dos municípios habilitados pela secretaria são do Circuito”, comemora. Ele informa que inicialmente, em parceria com o Sebrae, foi feito um trabalho de sensibilização na região. Gomes acredita que o investimento deverá ser feito na sinalização turística e que os mais importantes atrativos turísticos da região são a presença da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Feliciano Miguel Abdala, em Caratinga, e a ocorrência do maior primata das Américas na região. Além do muriqui e das belezas da Mata Atlântica, Gomes acha que este pode ser o momento para retomar um antigo projeto: a construção de um parque temático sobre a obra de Ziraldo. Segundo Gomes, Ziraldo acalenta com carinho o sonho de ter um parque em sua terra natal e já teria recusado proposta de um parque em terras catarinenses.