Uma das regiões mais belas e ricas em biodiversidade do Cerrado, entre o Norte de Minas Gerais e o Sudeste da Bahia, o Mosaico Sertão Veredas-Peruaçu vai receber investimentos de R$ 2,6 milhões para a geração de renda com sustentabilidade.
Ao todo, serão beneficiadas 23 comunidades tradicionais com projetos de extrativismo vegetal e turismo ecocultural em 11 municípios no médio São Francisco. Os recursos são do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal para o incentivo à atividade econômica sustentável e à redução do desmatamento no bioma.
O prazo para a chamada de dois projetos de execução do Plano de Desenvolvimento Territorial de Base Conservacionista terminou na sexta-feira, 18 de fevereiro. A meta do Ministério do Meio Ambiente (MMA) é agregar valor e ampliar o mercado de nove culturas vegetais extrativistas locais e financiar a construção de pousadas comunitárias para o desenvolvimento do turismo sustentável e cultural na região.
A inovação no processo é que as instituições selecionadas vão executar um plano que já está pronto e traz um diagnóstico completo da situação socioambiental na região. Ele foi elaborado pela Fundação Pró-Natureza (Funatura), uma das ONGs representantes da região Centro-Oeste no Conselho Nacional do Meio Ambiente e com atuação no Parque Nacional Grande Sertão Veredas desde a criação dessa unidade de conservação.
O primeiro, orçado em R$ 1,1 milhão, é destinado ao extrativismo e, para participar da chamada, a instituição precisou demonstrar que tem laços, atuação e integrantes das comunidades a serem beneficiadas. Os recursos serão aplicados nas culturas de frutas tradicionais como a caigaita, o umbu, o araticum, o buriti e no beneficiamento da cultura da favela, que produz um fruto utilizado para a fabricação de medicamentos.
Valorização das comunidades tradicionais
"Antes da organização das comunidades em cooperativas, o quilo da fava d´anta, espécie de legume extraído da favela, valia pouco mais de R$ 0,30 centavos, agora chega a R$ 1,20", explicou o técnico especialista do MMA, Fernando Lima. Para ele, projetos como esse são de fundamental importância na preservação ambiental do Cerrado. Desde meados do século 1920, com a expansão da fronteira agrícola para produção da monocultora de soja, o bioma já contabiliza uma perda de 47% de sua cobertura vegetal nativa.
No setor de turismo ecocultural, R$ 1,5 milhão serão destinados ao incentivo a atividades turísticas, aproveitando a riqueza cultural do Norte mineiro, seus cantadores e suas danças. O mosaico, uma região de 15 mil Km2, ficou conhecida por ser palco da saga do romance Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa. Os caminhos percorridos pelos personagens do livro cortam o Parque Nacional com o mesmo nome, criado em 2005 para contribuir com a preservação do Cerrado.
Na região de Pandeiros é onde está situado o "pantanal mineiro", um berçário natural que abastece a Bacia do São Francisco em quantidade e número de espécies de peixes. O Parque Nacional e seu entorno só agora começam a receber infraestrutura para o turismo.
Ao todo, serão beneficiadas 23 comunidades tradicionais com projetos de extrativismo vegetal e turismo ecocultural em 11 municípios no médio São Francisco. Os recursos são do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal para o incentivo à atividade econômica sustentável e à redução do desmatamento no bioma.
O prazo para a chamada de dois projetos de execução do Plano de Desenvolvimento Territorial de Base Conservacionista terminou na sexta-feira, 18 de fevereiro. A meta do Ministério do Meio Ambiente (MMA) é agregar valor e ampliar o mercado de nove culturas vegetais extrativistas locais e financiar a construção de pousadas comunitárias para o desenvolvimento do turismo sustentável e cultural na região.
A inovação no processo é que as instituições selecionadas vão executar um plano que já está pronto e traz um diagnóstico completo da situação socioambiental na região. Ele foi elaborado pela Fundação Pró-Natureza (Funatura), uma das ONGs representantes da região Centro-Oeste no Conselho Nacional do Meio Ambiente e com atuação no Parque Nacional Grande Sertão Veredas desde a criação dessa unidade de conservação.
O primeiro, orçado em R$ 1,1 milhão, é destinado ao extrativismo e, para participar da chamada, a instituição precisou demonstrar que tem laços, atuação e integrantes das comunidades a serem beneficiadas. Os recursos serão aplicados nas culturas de frutas tradicionais como a caigaita, o umbu, o araticum, o buriti e no beneficiamento da cultura da favela, que produz um fruto utilizado para a fabricação de medicamentos.
Valorização das comunidades tradicionais
"Antes da organização das comunidades em cooperativas, o quilo da fava d´anta, espécie de legume extraído da favela, valia pouco mais de R$ 0,30 centavos, agora chega a R$ 1,20", explicou o técnico especialista do MMA, Fernando Lima. Para ele, projetos como esse são de fundamental importância na preservação ambiental do Cerrado. Desde meados do século 1920, com a expansão da fronteira agrícola para produção da monocultora de soja, o bioma já contabiliza uma perda de 47% de sua cobertura vegetal nativa.
No setor de turismo ecocultural, R$ 1,5 milhão serão destinados ao incentivo a atividades turísticas, aproveitando a riqueza cultural do Norte mineiro, seus cantadores e suas danças. O mosaico, uma região de 15 mil Km2, ficou conhecida por ser palco da saga do romance Grande Sertão Veredas, de Guimarães Rosa. Os caminhos percorridos pelos personagens do livro cortam o Parque Nacional com o mesmo nome, criado em 2005 para contribuir com a preservação do Cerrado.
Na região de Pandeiros é onde está situado o "pantanal mineiro", um berçário natural que abastece a Bacia do São Francisco em quantidade e número de espécies de peixes. O Parque Nacional e seu entorno só agora começam a receber infraestrutura para o turismo.
O investimento em turismo, especialmete no ecoturismo, traz com ele a preservação do ecossistema. Esse trunfo está sendo utilizado no norte de minas onde o cerrado predomina, levando investimentos para a valorização do comércio e culturas locais que são bastante ricas. Ao se criar um meio sustentável, com o extrativismo vegetal e exploração turística, deixa-se de destruir áreas de vegetação para investir na monocultura e as belezas naturais são preservadas na medida em que passa a ser geração de renda das famílias com os turistas.
ResponderExcluirFaltou a visita técnica e a entrevista...
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