terça-feira, 1 de março de 2011

Economia e a sustentabilidade

Economia e a sustentabilidade
Os recursos ambientais desempenham funções econômicas, entendidas estas como qualquer serviço que contribua para a melhoria do bem-estar, do padrão de vida e para o desenvolvimento econômico e social.

A sustentabilidade está associada à idéia de estabilidade, de permanência no tempo, de durabilidade.
Segundo Maurice Strong: “O desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades.” Esta definição foi criada pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento, que produziu um relatório chamado “Nosso futuro comum”, também conhecido como Relatório Burdtland (COMISSÃO BRUNDTLAND, 1991, p. 46).
Todas as nações devem visar um tipo de desenvolvimento que integre a produção com a conservação e ampliação dos recursos, e que vincule aos objetivos de dar a todos uma base adequada de subsistência e um acesso eqüitativo aos recursos. O conceito de desenvolvimento sustentável fornece uma estrutura para a integração de políticas ambientais e estratégias de desenvolvimento.

Prevenção: menor custo a degradação/poluição
Precaução: avaliação prévia dos impactos
Participação: envolvimento da comunidade
Proatividade: prevenção de problemas
Compensação: melhoria ampla em outra área
Compromisso melhoria continua: meta modesta
Poluidor pagador: arcar com os custos de remediar
Diante de um consumidor cada vez mais exigente, empresas precisarão ter mais transparência e capacidade de dialogar com seus públicos. Essa é a principal conclusão dos participantes da oficina realizada pelo Akatu, durante a Conferência Internacional do Instituto Ethos. Com o objetivo de provocar uma reflexão das empresas sobre as necessárias transformações em seus negócios frente à evolução do consumo consciente, o Instituto Akatu realizou a oficina “A transformação do consumidor para uma nova economia global” durante a Conferência Internacional Ethos 2009, realizada em São Paulo.

Na oficina, que contou com a participação de mais de 100 representantes de empresas e instituições de todo o Brasil foram apresentados pontos de destaque de várias pesquisas sobre o perfil do consumidor. Estas constatações fundamentaram seis tendências em seu comportamento:
Papel das empresas: o consumidor brasileiro espera das grandes empresas que, além de serem agentes produtivos, sejam agentes sociais e ambientais, contribuindo ativamente para o desenvolvimento da sociedade;
Comunicação transparente: o consumidor desconfia das informações fornecidas pelas empresas a respeito do que elas fazem em termos sociais e ambientais e buscam mais informações a esse respeito;
Decisões de compra mais sustentáveis: o consumidor valoriza cada vez mais as questões ambientais em sua decisão de compra;
Resposta do consumidor à empresa: os consumidores estão dispostos a punir ou recompensar as empresas pelas suas práticas efetivas de responsabilidade social empresarial;
Sustentabilidade como diferencial competitivo: os consumidores se sentem mal informados sobre a ação de responsabilidade socioambiental das empresas e, com isso, desconfiam das informações recebidas mesmo das melhores empresas nas práticas de sustentabilidade;
Poder de mobilização do consumidor: os consumidores mobilizam, mais e mais, outros consumidores a avaliar a ação social e ambiental das empresas, e, ao mesmo tempo, a levar estas informações em consideração em suas decisões de compra.

A partir de cada tendência, os participantes levantaram oportunidades e ameaças ao negócio das empresas. Além disso, sugeriram várias ações de informação, comunicação e educação que as empresas poderão adotar junto a seus funcionários e consumidores como resposta aos desafios colocados por essas tendências.
O resultado dessa reflexão revela um novo modelo de conduta das empresas. Palavras como “diálogo”, “transparência”, “coerência”, “relacionamento” e “visão sistêmica” apareceram com freqüência entre as idéias apresentadas.
“Diante da emergência de um novo consumidor, que exerce seu papel de cidadão por meio de um consumo mais consciente, percebemos que está em curso uma mudança de paradigmas na sociedade na direção da sustentabilidade”, afirma Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.
Essa sociedade mais sustentável está fundamentada, mais do que nunca, no diálogo e na comunicação. “As empresas começam a perceber que os stakeholders são mídias poderosas”, avalia Mattar. “É preciso estabelecer com os stakeholders relações de afetividade e de credibilidade. Quando a empresa errar, deve contar que errou”, acredita. “Na era da visibilidade, a falsa autovalorização é desmoralizada e, com certeza, se voltará contra a própria empresa.”

Veja alguns exemplos das ações sugeridas pelos participantes da oficina:

·         Utilização das ferramentas digitais e das redes sociais para informar e mobilizar para o consumo consciente e a sustentabilidade;
·         Diálogo transparente com todos os stakeholders (como via de mão dupla, onde a empresa educa e é educada por seus funcionários, acionistas, fornecedores, parceiros etc.) para que sejam disseminadores, com credibilidade, daquilo que a empresa efetivamente faz;
·         Manutenção de diálogo constante e transparente com a cadeia produtiva, de modo a viabilizar ações crescentemente sustentáveis por parte dos fornecedores.

2 comentários:

  1. Desenvolver a economia utilziando a sustentabilidade é um grande desafio para qualquer país, pois temos na consciência de que evoluir é intervir no meio ambiente, transformá-lo, utilizar máquinas etc. É um assunto polêmico mas essencial para a nossa qualidade de vida e durabilidade do nosso meio. Estamos buscando um equilíbrio entre a força Homem e Natureza onde possamos viver bem e preservar nosso meio ambiente.

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